A Lei 12.305 de 02/08/2010 impõe o tratamento sustentável dos resíduos sólidos e cria um quadro inédito de responsabilidade compartilhada na gestão ambientalmente equilibrada, economicamente viável e socialmente correta do lixo urbano.
Exaustivos estudos comparativos evidenciam a inoperância financeira das soluções até o presente implementadas no plano internacional. Embora tecnologicamente atraentes, com efeito, as fórmulas de gaseificação e incineração promovidas nos mercados do Primeiro Mundo implicam investimentos de capital, despesas operacionais e custos de dependência que não suporta o contexto brasileiro. Resultados iguais senão superiores em nível sócio-ambiental – sem contar o caráter 100% nacional da iniciativa – inclinam naturalmente a mente a embasar o juízo de oportunidade em critérios econômicos e elegem sem apelo o modelo Natureza Limpa ora desenvolvido pela TJMC Empreendimentos. Como a maioria das entidades waste-to-energy em funcionamento nas nações abastadas, a usina modular da TJMC tira fonte energética do lixo com correlata eliminação de aterro, porém com uma simplicidade técnica que muito contribui para a eficiência funcional e contenção de gastos no processo. Na expressão básica, a rota tecnológica Natureza Limpa carboniza a matéria orgânica por pirólise com subsequente produção de combustível briquetado de alto teor calorífico. Não há incineração de lixo, mas antes decomposição em ambiente sem oxigênio levado a temperaturas de carbonização. Um detalhe de peso que – somado à purificação das emanações gasosas por destilação e filtragem de última geração – resulta em níveis praticamente indetectáveis de poluição atmosférica… Componentes do Projeto e Fases Operacionais:
A solução proposta se inscreve genericamente no conceito de tratamento térmico com recuperação energética por produção de Combustível Derivado de Resíduos. Sofisticação pela sofisticação é postura comum no mundo moderno, mas o modelo Natureza Limpa apostou na simplicidade, descartando por opção consciente todo complicador potencial de processo para construir-se na singela cadeia seguinte. Fluxograma do Processo Produtivo:
1. Moega de recebimento de Resíduos Sólido Urbano 2. Caixas de combustão Túnel/Forno de Secagem:
3. Forno secador 4. Separador densimétrico 5. Carrossel classificatório Prensas para Materiais Recicláveis:
6. Carros de transporte 7. Prensa de recicláveis 8. Triturador de vidros 9. Triturador de orgânicos 10. Transportador rotativo térmico Reator Pirolítico:
11. Moega de orgânicos 12. Transportador alimentador blindado 13. Reator pirolitico 14. Silo de descarga do reator 15. Célula de destorramento e peneiramento 16. Silo de armazenamento 17. Briquetador 18. Túnel secador de briquetes 19. Condensador – 1° Estágio 20. Ciclone 21. e 22 – Sistema de lavagem dos gases 23. Sistema de tratamento dos efluentes Tipologia de Resíduos Tratados:
RSU de origem domiciliar RSU de origem comercial RSU de praças e logradouros públicos RSU de feiras livres e mercados públicos RSU de poda de árvores e jardinagem ASPECTOS AMBIENTAIS O modelo Natureza Limpa tem precedente com Licença de Operação em caráter corretivo na cidade de Unaí-MG. Foi, portanto, considerado ambientalmente correto pelas autoridades de Minas Gerais e nada obsta, em princípio, o licenciamento noutra cidade ou noutro Estado. Desenvolvida pela TJMC Empreendimentos, a tecnologia aplicada busca minimizar os efeitos poluentes em cada fase, produzindo um balanço geral positivo magistralmente demonstrado em Relatório de Controle Ambiental desde já aprovado pelas autoridades mineiras competentes. Redução de pressão sonora e de efluentes atmosféricos ou líquidos é prioridade que permeia desenho industrial e layout em cada elo da cadeia de produção, enquanto reciclagem é princípio absoluto no tratamento de cinzas, óleos, materiais de origem mineral, vidro e sucata metálica. Assim, o controle de ruídos conta com constante manutenção/regulagem de equipamentos, enclausuramento de fontes sonoras, protetores auriculares e monitoramento de tempo de exposição. Um sofisticado sistema de purificação de ar, por outro lado, elimina quase por completo os odores gerados pela decomposição natural dos resíduos orgânicos, enquanto uma caixa de retenção impermeabilizada recebe os efluentes líquidos para posterior bombeamento até uma serpentina na fornalha, evaporação, condensação e coleta segregada de líquidos e materiais graxos, respectivamente tratados para devolução à natureza sob forma de H2O e escoamento no mercado. Não há, portanto, contato de chorume com o solo ou mau cheiro na usina e vizinhança, e não sobram sequer rejeitos, porque alcatrão, vidro, ferro, cinza, lignina ou água ácida acham destinação Não existem tampouco rejeitos, já que as cinzas (3% da massa inicial dos resíduos) é utilizada in loco para a fabricação de agregados de cimento. Vale mencionar a geração de fonte energética limpa que, por si só, justifica o sinal + inconteste do balanço. PNEUS USADOS Atendendo a chamada do CONAMA, a usina Natureza Limpa contempla o parceiro público com um Ponto de Coleta coberto absolutamente conforme às exigências da Resolução 416, resolvendo assim uma pendência ambiental a pesar dramaticamente sobre as prefeituras. Sem qualquer investimento suplementar, a parceria proposta disponibiliza espaço para a recepção de pneus inservíveis e posterior encaminhamento a empresas destinadoras devidamente credenciadas, inserindo – livre de ônus para o contribuinte e com perspectiva de lucro para o empreendedor – o município e o empreendedor na iniciativa de responsabilidade empresarial RECICLANIP, conduzida pelos fabricantes e distribuidores do setor. LOGÍSTICA REVERSA Respondendo às preocupações do legislador e da sociedade em geral, o sistema Natureza Limpa integra as políticas públicas de Logística Reversa por separação e retorno ao ciclo produtivo de pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e lixo eletro-eletrônico. GESTÃO CONSORCIADA O conceito modular Natureza Limpa não somente se ajusta com perfeição a qualquer aglomeração urbana e volume de RSU como também permite o atendimento de localidades menores por redes de Estações de Transbordo e transporte para tratamento centralizado. ASPECTOS CLIMATOLÓGICOS A aceitar a tese de uma relação causal entre atividades antrópicas e aquecimento global, o modelo Natureza Limpa contribui duplamente para a redução dos Gases de Efeito Estufa e se qualifica em dobro para a obtenção de créditos de carbono junto às instâncias de Quioto. Por eliminação de lixão e aterro, aborta as emissões de metano associadas à decomposição de matéria orgânica, atacando assim uma causa poderosa de aumento da temperatura atmosférica. Mas ainda produz combustível limpo cujo uso – em qualquer processo que seja – nada acrescenta no balanço geral do dióxido de carbono, já que os volumes liberados na queima são estritamente iguais às quantidades previamente removidas por fotossíntese na formação da massa orgânica ora carbonizada. Resulta, pois, em clara diminuição geral de CH4, sem aumento direto … e até com minoração da conta de CO2 em fim de circuito, porque o projeto substitui gás ou petróleo por fonte térmica climatologicamente neutra. |